domingo, 5 de outubro de 2014

Pelos pés identificamos nossas raízes

   
           Pelos pés identificamos nossas raízes
Pela segunda vez vejo no  face a  figura de cinco formato de pés que identificam as origens da pessoa.  Como sou  curioso pesquisei pela internet  a minha origem, Moura e fiquei satisfeito ao saber que minhas raízes estão no Egito.   No meu Blog FOTODIREPORTAGENS, resolvi  publicar o resultado da pesquisa sobre a história dos Mouras.








   Mouros são considerados os povos oriundos do Norte de África, praticantes do Islãonomeadamente MarrocosArgéliaMauritâniaSaara Ocidental invasores da região da Península IbéricaSicíliaMalta e parte de França durante a Idade Média. Estes povos consistiam fundamentalmente aos grupos étnicos berberes e árabes, que constituem o âmago de etnicidade da África setentrional. O período da Reconquista marca a expulsão deste povos da Península Ibérica, consubstanciando-se também numa cruzada histórica entre a religião dos mouros, o Islão e a doutrina religiosa dos povos da Península Ibérica, o Catolicismo.


"O mouro" (Marciano Henriques da Silva, c. 1865).



História

   Na Antiguidade, os romanos denominavam "mauri" (mauros) às populações que habitavam a região noroeste da África, que por sua vez designavam de Mauritânia. Estas populações pertenciam a grupo étnico maior, o dos berberes, que posteriormente, à época da expansão islâmica, vieram a adotar esta religião, muitos dos quais adotando mesmo a língua árabe, além do idioma nativo. Estas populações juntaram-se aos árabes na conquista da península Ibérica durante o século VIII. A chamada "civilização moura" ou "civilização mourisca", que floresceu na Idade Média, era predominantemente árabe.
   Com o avanço do processo da Reconquista, os mouros perderam grande parte de seu território na península no final do século XIII. Finalmente, em 1492, os Reis Católicosconquistaram o Reino de Granada e expulsaram os últimos mouros da península. A maioria dos refugiados estabeleceu-se no norte de África.
   Desse modo, a palavra "mouro" pode referir-se a todos os habitantes do noroeste da África que são muçulmanos ou falam o árabe ou, ainda, aos muçulmanos de origem espanhola, judaica ou turca que vivem no norte da África. Em francês, "maure" (mouro) designa os nómades da região do Saara Ocidental. "Mouro" aplica-se ainda aos muçulmanos cingaleses-árabes do Sri Lanka. Na língua castelhana, "moro" também se refere aos muçulmanos que vivem no sul das Filipinas.

Arquitetura moura

Destacam-se na arquitetura moura:
A influência da arte moura na Espanha foi além das áreas onde viviam os mouros. Criaram um estilo artístico sem igual, ambos em Arquitetura e em iluminação que floresceu de meados do século IX a princípios do século XI. Nesta arte, os cristãos que habitam ainda ao norte da península ibérica se valeram de influências mouras e orientais para formar um estilo que consiste em elementos evidentes em igrejas pela área.
Após a Reconquista, os cristãos empregaram trabalhadores mouros conhecedores de técnicas de edificação e decoração, criando um estilo chamado Mudejar, que persistiu até mesmo após a retirada total dos mouros da península.

Os "mouros" em Portugal

Na tradição oral portuguesa, os mouros são protagonistas de narrativas associáveis a cultos pré-cristãos, muitas vezes pré-históricos. Em geral, as lendas das mouras encantadas que guardam tesouros, andam associadas a montes, florestas, rochedos, monumentos pré-históricos ou fontes e revelam restos de tradições muito antigas.
Alexandre Parafita, na sua obra "A Mitologia dos Mouros", faz uma análise exaustiva desta figura da memória colectiva peninsular, a partir da interpretação de 263 lendas, aí concluindo que, embora sejam apresentados na História “oficial” como seres de “carne e osso”, invasores, pelejadores, opressores, inimigos de Deus, e identificados com múltiplas denominações (sarracenos, agarenos, muçulmanos, maometanos, infiéis, árabes, bérberes, islâmicos, mouriscos, maurescos, moçárabes, mudejares, etc.), os Mouros aparecem nas lendas como seres mágicos, com aparência humana ou não, que guardam valiosos tesouros e vivem nos montes, nas fragas, em torres, nos castros, nas grutas, nas covas, em cisternas, nos dólmens, nas fontes, em lagos ou em rios.



1300 anos de invasão Moura em Portugal

(711/2011)


Exatamente há 1300 anos os “Mouros”, que vieram da África, da Mauritânia e do Marrocos, invadiram a Península Ibérica, Portugal e Espanha e expulsaram os “Romanos” que também haviam invadido a referida Península no ano de 300 A.C. Portanto, ficaram mais de mil anos no domínio desses povos, ou seja, de 300 antes de Cristo até 711 de nossa “Era”.


Esse exercito invasor “berbere” atravessou o “Estreito de Gilbraltar” que separa a Europa da África e rapidamente conquistou a Península Ibérica, uma vez que o Império Romano estava em decadência acentuada e praticamente não existia mais, embora existisse simbolicamente, porque era um Império Romano praticado pelas populações locais.
As ordas “mouras” dominantes sempre tiveram respostas dos lusitanos e já no ano 809 a parte Norte de Portugal já estava sob o domínio cristão, já Braga e Porto voltaram ao domínio cristão no ano de 868, Coimbra no ano de 1004 e a maravilhosa Lisboa em 1147. No sul de Portugal, mormente no Algarve, os mouros tiveram muita influência tanto na mistura populacional como na própria escrita variava muito a dominação moura, com vai-vai de domínio, até que no ano de 1452 foram expulsos definitivamente.
Como sempre um povo invasor e dominador deixa restos de suas obras, tanto físicas como intelectuais, os mouros também deixaram em Portugal a sua marca definitiva, tanto na música como na escrita e nos nomes, haja vista, que o “Fado” nada mais é do que um lamento “mouro” evidentemente com o sabor lusitano/português, o próprio “folclore” também é visto com muitas músicas derivadas da música moura. Eles deixaram muitas obras, como a elevação das águas em técnicas para mover as mós. E como os mouros eram da religião muçulmana, sempre havia o confronto com as teses do cristianismo e se os lusitanos assumissem essa religião teriam direitos iguais e poderiam manter as suas propriedades, todavia, sempre sob observação dos mandatários mouros, que fiscalizavam tudo e davam direitos iguais aos cidadãos, porém, se houvesse alguma revolta, eram presos, aniquilados e vendidos como escravos.
No vocabulário mouro que ficou na “Língua Portuguesa”, temos um número elevado e se hoje os pronunciamos foram mantidos pelos lusitanos e no presente no vocabulário português, tais como nos vegetais: açafrão, albarra, alface, acelga, azeitona, cenoura, maçaroca, alfazema, alcachofra, lima, limão, laranja, nunca esquecendo que o “al” nas palavras representava o nosso artigo “o” como nos nomes, Alberto, Almeida, Albuquerque, Alcantara e assim por diante, como também outros termos ficaram definitivamente em nossa língua, como: Alfarrábio, Álgebra, Albufeira, Chafariz, Alcool, elixir, xarope, zero, zenite e uma infinidade de termos e nomes que hoje pronunciamos e não temos muitas vezes o saber de suas origens.
Sempre houve alguma revolta, mormente, por causa de tributos que a população tinha que pagar, alguns não se metiam em revoltas, porque tanto dava pagar o tributo aos mouros, como aos cristãos, e anteriormente aos romanos e em todos esses casos, o cidadão daquele tempo não tinha como mudar de religião, só aparentemente adotavam a religião moura para escapar das perseguições, mas, por dentro continuavam cristãos, como evidentemente acontecia com os judeus e outras religiões.
Na agricultura moura eles não deixaram muita coisa, mesmo porque a sua religião proibia a bebida, mormente o vinho, e não havia muito interesse na plantação de trigo porque lá na África eles não precisavam dessa cultura e não lhes interessava a agricultura por causa do enfrentamento com as populações locais.
Esses mouros muçulmanos ficaram mais plantados nas regiões do sul de Portugal e logicamente antes dominados pelos romanos, quando vieram os mouros, muitos os receberam como libertadores, todavia, logo as coisas se modificaram e sempre havia revoltas. Um cidadão lusitano de nome Eserag conseguiu imiscuir-se no meio dos mouros e ter com os seus chefes, e voltando-se aos seus compatriotas os enganou dizendo que estabeleceu a paz com eles e assim sendo os traiu e ao saírem de seus esconderijos os prendeu e os vendeu aos mouros. Como também existiu um grande herói como Afonso I que reconquistou uma enorme região, no minho, no Douro e na Beira e acabou liquidando todos os mouros dessas regiões.
Portanto, se hoje nós temos esse PORTUGAL maravilhoso houve muito sofrimento durante séculos e séculos sem fim, milhares de anos, além das invasões de gentes do meio da Europa, os romanos, os mouros ali chegaram, mas a fibra do povo Lusitano e seus sucessores o maravilhoso povo português, nos deu a este Portugal moderno tudo o que representa hoje, um país ficando moderno em tudo, com os respeito às tradições espetaculares das gentes antigas e conservam a beleza da música e do folclore português, para honra e glória do nosso querido e eterno PORTUGAL.
Membro da Casa do Poeta de São Paulo, Movimento Poético Nacional, Academia Virtual Sala dos Poetas e Escritores, Academia Virtual Poética do Brasil, Ordem Nacional dos Escritores do Brasil, Associação Paulista de Imprensa, Associação Portuguesa de Poetas/Lisboa e escreve quinzenalmente para o Jornal Mundo Lusíada.



Adriano Augusto da Costa Filho

Membro da Casa do Poeta de São Paulo, Movimento Poético Nacional, Academia Virtual Sala dos Poetas e Escritores, Academia Virtual Poética do Brasil, Ordem Nacional dos Escritores do Brasil, Associação Paulista de Imprensa, Associação Portuguesa de Poetas/Lisboa e escreve quinzenalmente para o Jornal Mundo Lusíada.

Fontes:

- Wikipedia
- Jornal Mundo Lusíada