sábado, 2 de novembro de 2013

De passador de roupas a passador de caras pro  papel


Em 1950 quando cheguei a Barra do Pirai para visitar meu pai que tinha mudado de Volta Redonda  para esta cidade, fique encantado com a tranquilidade e com os primeiros contatos que tive com alguns barrenses. Junto com meu pai  estava um amigo dele que era um rapaz mulatinho e muito simpático de nome Claudionor e que, durante os dias em que estive aqui, me serviu de companhia. Certa vez,  em conversa com este novo amigo, ele me perguntou porque eu não ficava aqui ? eu disse a ele que eu tinha meu trabalho no Rio e tinha que voltar, ele então me prometeu  arranjar um serviço e disse saber onde tinha um lugar que precisava de um passador de roupas e se eu queria ver. Fui e gostei porque era pertinho de casa, ficava mais perto de meu pai  já tinha bastante tempo que vivíamos muito separados e ele se encontrava também doente precisando de uma assistência minha. No local deste serviço conversei com o dono que era um alfaiate polonês de nome Majelec Cuquier,  na praça Nilo Peçanha onde fica hoje o prédio do João Aiex, este lugar tinha uma casa velha de quatro cômodos onde funcionava a fábrica de roupas femininas. Um dos  quartos estava lotado de peças de roupas para passar. A empreitada me interessou já que ganharia por peça. Na pequena fabrica trabalhavam três costureiras, uma encarregada de nome Naire uma moça do escritório de nome Lídia. Fiz amizade com elas e assim ampliei meus relacionamentos e passei a conhecer melhor a cidade.Eu tinha uma pequena maquina fotográfica  e, como gostava de registrar tudo,  comecei a tirar fotos dos lugares onde ia. Fui conhecendo mais pessoas e ganhado  alguns trocados a mais. PassadoS alguns aos me casei e fui morar no Bairro do Sto.Cristo na casa do Zé Bilheteiro na rua Andrade Pinto e nesta época eu comprei uma velha Maquina de fotografias destas conhecidas como Lambe- Lambe e, com ela,  tirei pela primeira vez uma foto 3x4 do meu irmão José Gonzaga de Souza, para tirar sua carteira. Isto foi o inicio de uma nova profissão. Dalí em diante nasceu o Fotodir, fazendo revelador, fixador,tirando fotos e passando as caras pro papel.  DELIVERY o  fotodir criou o sistema de fotos 3x4  sob encomenda pelo telefone, era só encomendar pelo numero existente no envelope das fotos que era prontamente atendido.                                                                                                        
 
                                                                                                                                Odir

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